quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Bibliotecas

Europa é realmente um lugar sensacional, com muitas coisas para apreciar, ver e admirar. É comum ao turista de primeira viagem na Europa ficar algo eufórico e querer visitar maior quantidade de lugares diferentes em um espaço curto de tempo. O que as pessoas esquecem, porem, é que as férias também foram feitas para relaxar e descansar. Algumas boas dicas para fazer isso estão em todos os livros de turismo como dar uma caminhada nos belos e bem cuidados parques da Europa. Eu, porem, lhes darei outra dica: Visite uma biblioteca.

E para que eu vou ir a uma biblioteca no exterior se eu posso fazer isso em casa? Muitos devem estar fazendo esta indagação ao ler o meu texto. Mas pare um pouco para pensar. Quantas vezes ao mês você realmente vai a uma biblioteca no Brasil? Caso seja um estudante, pode ser que esse número seja bem elevado. Mas a maioria das pessoas que trabalham simplesmente não tem muito tempo para ir a uma, pois o horário de funcionamento delas coincide com o do trabalho.

Fui a várias bibliotecas na Espanha (principalmente em Madrid que foi uma cidade da qual não gostei muito) e em todas elas me diverti muito. Sim, sei que isto parece propaganda de incentivo da leitura do governo, mas, por favor, não interrompa a leitura deste texto. Mesmo para aqueles que não se entusiasmam com a leitura de um bom livro vão apreciar um lugar com banheiros limpos e públicos, internet de graça e um lugar confortável para fugir do calor do verão ou o frio do inverno. Você pode até conferir algum filme local que nunca chegou ao Brasil, pois a maioria dessas bibliotecas contam com videoteca.

Agora se você, leitor, for um nerd como eu, não deixe de conferir as estantes de gibis. É lá que está o verdadeiro diferencial com as bibliotecas daqui, pois o catálogo e variedade de quadrinhos lá são enormes. Pude aprecias desde comics norte-americanos, obras de autores espanhóis que nunca tinha ouvido falar até os mais exóticos mangas. Todos os volumes estão muito bem cuidados e as coleções (em sua grande maioria) estão completas. Sei bem que há muitas bibliotecas no Brasil que dispõem de um grande acervo de gibis, mas nada se compara aos dos que vi. Sem contar que há coisas que nunca se viu por estas bandas. E foi com grande alegria que pude apreciar dois mangas que havia tempo que desejava ler como “Touch” e “20th century boys”. Mesmo para os que não sejam fanáticos por quadrinho recomendo muito lê-los, pois uma arte audiovisual é muito útil na hora de praticar algum idioma.

Espero que minha sugestão seja útil para alguém. Nem que seja para ir a um lugar interessante e gratuito para se fazer hora.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Fell - A cidade brutal - Vol. 1


Sabe aqueles filmes que você nunca ouviu falar em sua vida, mas ao não ter nada para fazer acaba vendo-o assim mesmo e, para sua surpresa, o filme é ótimo? Essa foi a impressão que tive ao ler o quadrinho “Fell”

O volume 1 publicado no Brasil reúne as oito primeiras histórias em que relata o dia a dia do detetive Richard Fell que foi transferido à sombria cidade de Snowtown. Uma cidade onde os cadáveres se acumulam na esquina e, na maioria das vezes, o crime sim compensa.

E o que leitor deve estar se perguntando agora é: E o que tem de extraordinário e original nessa trama? A idéia do Detetive honesto que vai parar em uma cidade suja e perigosa, mas tenta fazer dela um lugar melhor, não é nova. Partindo dessa premissa nada original, Warren Ellis, o roteirista, consegue escrever várias histórias interessantes e fechadas em poucas páginas. E o artista Bem Templesmith consegue dar um visual único ao quadrinho e seus personagens, usando muito bem as cores para gerar sentimentos e personalidade aos personagens.

Em apenas 16 páginas, o autor consegue nos contar uma boa história com começo, meio e fim. Sim, 16, pois ele optou por publicar o gibi com menos páginas que o normal para que o comic fosse mais barato nos EUA (iniciativa que deu certo). Nas histórias o Detetive Rich se vê envolvido em vários casos criminais e começa a se adaptar à rotina de Snowtown. Os criminosos estão todos bem construídos, assim como os personagens secundários da trama.

Se você gosta de histórias policias ou, simplesmente, de boas histórias não duvide em comprar este gibi. É um ótimo presente para comprar a alguém especial neste natal.

Nota: 9

Lisboa


Sempre achei que Paris é a cidade com a melhor acessória de marketing da Europa. Mesmo os que nunca foram ao velho continente, já sabem o que ver na capital da França. Paris já foi cenário de diversos filme, livros e seriados sendo que em muitas obras de ficção ela é glamorizada.

Nada tenho contra Paris e os franceses, alias realmente achei a cidade muito bela, porem era tanta a informação que já tinha sobre a mesma que foi poucas as vezes em que me surpreendi lá. A cidade da qual desejo comentar é Lisboa.

Em maio fiz minha primeira viagem à Europa e, ao ter nacionalidade Brasileira e Chilena, fiz questão de começar por Portugal e Espanha para ver de onde provenho e, só depois, ir à França. Foi exatamente em Portugal onde me senti em casa. Os Portugueses são um povo amável, que gosta de futebol e adora conversar em um barzinho. Lisboa oferece encantos únicos para os turistas como o imenso Mosteiro dos Jerónimos.

Más além de monumentos e museus há muitas outras surpresas agradáveis para o visitante Brasileiro. Os Botequins de lá lembram muito aos nosso, mesmo que os deles sejam bem mais limpos. Experimentem comer o sanduíche de presunto deles, uma delícia. Ou converse com os portugueses, e surpreenda-se ao constatar que eles vêem muitas novelas e programas nossos. Algumas novelas que ainda estão sendo exibidas no Brasil. Conversei com uma portuguesa que me disse ter visto Armação ilimitada na sua infância. Não é o máximo?

Há um certo preconceito que diz que Portugal é um país atrasado comparado com outros países da Europa. Pois bem, tire esse pensamento da cabeça. Portugal conta com uma boa infra-instrutora, cidades limpas e meios de transportes modernos e organizados.

E para não dizer que só há coisas boas em Lisboa aí vai uma dica. Não vá ao museu de arte moderna de Lisboa (nem lembro qual era o nome oficial). Fui com uma amiga e a arrastei até lá pela indicação de um amigo. A primeira obra que vi foi um quadro em branco intitulado: “Sem título”. Isso já pode te dar uma noção do que vai ver lá dentro. Como um monte de cadeiras misturadas que, supostamente, formam uma escultura, e alguns quadros com rabiscos.